Ex-senador Delcídio do Amaral será testemunha de acusação contra Lula
O
ex-senador Delcídio do Amaral deve ser ouvido pelo juiz federal Sérgio
Moro na tarde desta segunda-feira (22). O político, que foi eleito pelo
Partido dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul, será testemunha de
acusação em um processo da Operação Lava Jato, em que o Ministério
Público Federal diz que a Odebrecht pagou propina ao ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Além
de Delcídio, Moro também deve ouvir os depoimentos do ex-presidente da
Construtora Camargo Corrêa, Dalton Avancini, e do ex-executivo da
construtora Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto.
Nesta
ação penal, Lula é réu por ter, supostamente, recebido vantagens
indevidas da Odebrecht, por meio da compra de um terreno, em São
Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e também de um apartamento no
mesmo andar do prédio em que ele mora, na mesma cidade. O terreno seria
usado para construir uma nova sede para o instituto social que leva o
nome do ex-presidente, e o apartamento é usado até hoje por Lula, como
casa para os policiais federais que fazem a segurança dele.
A
defesa de Lula nega as acusações, dizendo que o terreno jamais foi
entregue ao Instituto Lula e que o apartamento em que ficam os
seguranças é alugado.
Além
de Lula, também são réus neste processo o ex-ministro Antônio Palocci; o
ex-assessor dele, Branislav Kontic; o ex-presidente do Grupo Odebrecht,
Marcelo Odebrecht; e outras quatro pessoas.
Este
processo tem audiências marcadas, pelo menos, até o dia 22 de junho.
Após essa data, Moro ainda precisará ouvir os acusados. Não há prazo
para que seja determinada uma sentença.
Nada a ver com triplex
Este
processo a que Lula responde na 13ª Vara Federal de Curitiba corre em
paralelo a outro, em que Lula é acusado de receber propina da OAS, por
meio de um apartamento triplex no Guarujá e do pagamento da guarda de
bens do ex-presidente em uma transportadora. Essa ação penal já passou
pela fase de depoimentos. Agora, Moro aguarda que o MPF e as defesas
entreguem as alegações finais, para que ele possa definir a sentença, em
que poderá condenar ou absolver os réus.
G1
Nenhum comentário
Deixe aqui o seu comentário!